Problema que tirou o lateral brasileiro do último jogo da fase de grupos da Copa do Mundo, pode atingir qualquer pessoa. Ele sentiu enquanto tentou uma arrancada, mas vícios de postura e até mesmo problemas na alimentação podem impactar nisso. Confira como foi o quadro de diagnóstico de Marcelo e as causas que podem afetar a qualquer pessoa
O lateral-esquerdo Marcelo, que deixou o campo com a coluna “travada” nos primeiros minutos da vitória do Brasil sobre a Sérvia, na última quarta-feira, tem se recuperado bem e voltará a treinar com o restante do elenco em breve. A evolução geralmente ocorre entre 48 e 72 horas.
É possível que ele esteja à disposição da comissão técnica para atuar novamente na partida de segunda-feira contra o México, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, em Samara.
– Após a chegada e o descanso, Marcelo está em tratamento, apresentou boa melhora, seguirá em acompanhamento e assim como os demais atletas terá folga mais tarde – comunicou nesta quinta-feira a assessoria de imprensa da CBF.
Na quarta-feira, a primeira informação divulgada pela CBF, ainda no intervalo do jogo em Moscou, foi de que “em uma tentativa de arrancada, Marcelo teve um espasmo na coluna”. Mais tarde, foi passada uma versão mais detalhada:
– Diagnóstico de um espasmo na musculatura estabilizadora da coluna. Já apresentou melhora após ser medicado e segue em tratamento e avaliação.
Mas do que se trata exatamente um “espasmo na musculatura estabilizadora da coluna”?
Incomum, o termo até motivou brincadeira de Tite. Satisfeito com o desempenho de Filipe Luís, substituto de Marcelo, e ciente de que o titular não ficará muito tempo fora, o técnico chegou a rir, pedindo que o assessor de imprensa repetisse a frase na entrevista coletiva.
A maioria das dores lombares está relacionada a espasmos da musculatura paravertebral. Ocorre que, ao menos no futebol, o diagnóstico geralmente é apresentado pelos médicos de maneira menos técnica, reduzido a “lombalgia”.
Qual a causa?
Várias, na verdade. É fruto de uma associação de fatores. Tem a ver com a rotação da coluna, vícios de postura corporal e, em determinados casos, alguma fraqueza específica de quadril ou lordose acentuada. Tudo isso, associado ao esforço físico em campo, pode resultar na fisgada que dá a sensação de “travar” a coluna, o espasmo.
O grupamento muscular entra em contração e não relaxa em seguida como deveria, causando endurecimento no local e dor.
Para o médico da seleção brasileira, Rodrigo Lasmar, o colchão um pouco mais macio do hotel em Moscou pode ter influenciado no mau jeito da coluna de Marcelo. O espasmo, então, teria sido o resultado final de uma noite de sono com postura ruim somada à carga mecânica (a tentativa de arrancada) no início de jogo.
Essa não é a primeira vez que o lateral-esquerdo sofre desse mal. Ele já havia travado a coluna em outras oportunidades no Real Madrid. Também pelo histórico de recuperação, a comissão técnica acredita que ele possa apresentar evolução suficiente para ir a campo na segunda-feira. Nesta sexta, ainda deve seguir em tratamento.
Classificado como primeiro lugar do Grupo E, o Brasil volta a campo na próxima segunda-feira, às 11h (de Brasília), para enfrentar o México pelas oitavas de final da Copa do Mundo. A partida será realizada em Samara.
Fonte: GloboEsporte