A microcefalia é uma malformação congênita e isso ocasiona no cérebro não completar seu desenvolvimento como esperado. Esse problema pode acontecer por diversos motivos, como vírus, infecções, radiação e até mesmo por produtos químicos. Essa doença impacta diretamente no sistema neurológico da criança e pode acarretar em outras doenças como: Epilepsia, Paralisia Cerebral, Retardo no desenvolvimento cognitivo, motor e fala, além de problemas de visão e audição.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) padroniza as definições segundo os seguintes pontos de corte:
Microcefalia: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a 2 desvios-padrão, ou seja, mais de 2 desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo;
Microcefalia grave: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a 3 desvios-padrão, ou seja, mais de 3 desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo.
A microcefalia pode ser acompanhada de epilepsia, paralisia cerebral, retardo no desenvolvimento cognitivo, motor e fala, além de problemas de visão e audição.
Diagnóstico
Após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser feito em até 24 horas a partir do nascimento. A OMS recomenda que o perímetro cefálico seja medido entre 24 horas após o nascimento e o 6º dia de vida. Este período é o mais recomendado para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas. Entretanto, somente o médico que está acompanhando a gestante pode indicar o método de imagem mais adequado para o diagnóstico. Ao nascer, os bebês com suspeita de microcefalia serão submetidos a exame físico e medição do perímetro cefálico. Eles devem ser submetidos a exames neurológicos e de imagem, sendo a Ultrassonografia Transfontanela a primeira opção indicada, e a tomografia indicada quando a moleira estiver fechada. Entre os prematuros, são considerados microcefálicos os nascidos com perímetro cefálico menor que dois desvios padrões.
A medida isolada do perímetro cefálico (PC) possui valor relativo, portanto é mais importante acompanhar o crescimento do crânio por meio da curva de crescimento, de acordo com o sexo e idade.
Causa
A microcefalia pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e infecciosas, além de bactérias, vírus e radiação. Ela não tem uma única causa. Alguns exemplos são o vírus da rubéola, citomegalovírus, herpes, a toxoplasmose, e alguns estágios da sífilis.
Tratamento
Não há tratamento específico para a microcefalia. No entanto, existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS).
Todas as crianças com esta malformação congênita confirmada devem ser inseridas no Programa de Estimulação Precoce, desde o nascimento até os três anos de idade – período em que o cérebro se desenvolve mais rapidamente.
A estimulação precoce tem como objetivo maximizar o potencial de cada criança, englobando o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva, que podem ser prejudicados pela microcefalia.
Os nascidos com microcefalia recebem a estimulação precoce em serviços de reabilitação distribuídos em todo o país, nos Centros Especializado de Reabilitação (CER), Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Ambulatórios de Seguimento de Recém-Nascidos.
Fonte: Ministério da Saúde