A TPM são Sintomas intensos na fase pré-menstrual que afetam a qualidade de vida e exigem cuidados.
Complicado, mas ainda ninguém conseguiu entender definitivamente o que é a TPM.
Por isso hoje a definição mais aceita é que se trata de um conjunto de sintomas que surgem uns dez dias antes da menstruação.
E ponto.
Por isso a TPM foi batizada como síndrome.
A Medicina já catalogou mais de 150 sintomas da TPM que costumam aparecer nesse período.
A TPM atinge metade das mulheres em idade fértil.
Quem está por trás desses males são as oscilações dos hormônios.
Vale frisar que esse sobe-desce dos hormônios é absolutamente normal.
Afinal, todas as mulheres, com e sem a síndrome, têm os mesmíssimos altos e baixos hormonais. O que deflagra os sintomas da TPM é a sensibilidade de cada mulher.
O cenário da TPM está na segunda metade do ciclo feminino.
É quando entra em cena a progesterona, o hormônio que prepara o corpo para a fecundação e para a gravidez, que os problemas começam. Isso porque ela também diminui os níveis de serotonina no cérebro, um neurotransmissor que dá a sensação de bem-estar.
Então os sintomas mais comuns da TPM aparecem, como: irritabilidade, ansiedade, depressão, etc.
Mas seus efeitos não param por aí:
A TPM interfere na produção de aldosterona, o hormônio envolvido na retenção líquida o que causa os desagradáveis inchaços e a dor de cabeça.
Como se fosse pouco, a progesterona ainda dispara a produção de prostaglandinas, substâncias que, em excesso, se tornam inflamatórias.
O resultado?
- Dores
- Dores e mais dores
- Dores no corpo
- Dores nas mamas
- Dores nas costas
- Dores nos músculos
- Inchaço
- Compulsão por doces
- Alteração no humor
- Ansiedade
- Irritação
- Depressão
- Perca da paciência
- Falta de disposição
- Etc.
Ou seja a TPM traz sintomas tão diversos, que o tratamento varia de mulher para mulher.
Assim, dependendo da intensidade do sintoma da TPM, o médico pode receitar antidepressivos, antiinflamatórios, analgésicos ou diuréticos.
A novidade é um novo contraceptivo oral que acaba de receber o aval contra a TPM. Por ter efeito diurético, além de prevenir a gravidez, ele ameniza os sintomas relacionados à retenção hídrica, converse com seu médico e peça indicações.
Mas a TPM é uma doença?
Para uma pequena parcela das mulheres que tem TPM o período é muito mais do que um incômodo.
Trata-se de uma doença grave.
O quadro, chamado de desordem disfórica pré-menstrual (DDPM), é definido como uma forma de bem mais severa de e chega a atingir cerca de 2 a 9% da população.
“Quem sofre da síndrome apresenta principalmente alterações emocionais”, conta Rosa Maria Neme, diretora do Centro de Endometriose São Paulo e membro das equipes médicas dos hospitais Albert Einstein, Samaritano, São Luiz e Sírio Libanês.
A doença ainda é uma incógnita para os especialistas, já que as causas do problema não estão bem definidas. Segundo Maria Celeste Osório Wender, diretora científica da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Sul (SOGIRGS), “algumas pesquisas têm demonstrado uma diferença genética no receptor de estrogênio em mulheres com a doença. Mas isso ainda está em estudo”. Apesar desse ponto de interrogação, uma coisa é certa: a DDPM transforma a vida da mulher (e das pessoas que convivem com ela) em um verdadeiro pesadelo.
TPM pode ser uma Bomba-relógio
É basicamente dessa forma que a portadora da síndrome (TPM severa ou DDPM ) pode ser descrita dias antes da menstruação, quando costuma apresentar:
- humor deprimido
- Dificuldade de concentração
- Alteração do apetite
- Cansaço
- Agressividade
- Desânimo
- Sensação de perda de controle
- entre outros sintomas.
Maria Celeste diz que é preciso desconfiar do problema quando pelo menos cinco alterações como essas são verificadas na maioria dos ciclos menstruais e interferem bruscamente no dia a dia da mulher, atrapalhando suas relações profissionais e pessoais.

Vale ressaltar que esse turbilhão de emoções deve aparecer apenas na segunda fase do ciclo menstrual, ou seja, mais ou menos uma semana antes da menstruação. Após a chegada do fluxo, todos os sentimentos são atenuados.
“É importante ficar atenta a isso porque muitas mulheres acham que têm DDPM quando, na verdade, são portadoras de doenças como depressão ou bipolaridade, cujos sintomas pioram na fase pré-menstrual”, salienta Joel Rennó Jr., psiquiatra do Projeto Pró-Mulher, um programa de atenção à saúde mental da mulher desenvolvido pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
TPM não é frescura!
Um dos grandes empecilhos para realizar o diagnóstico da DDPM (TPM severa) é a banalização dos sintomas presentes na fase pré-menstrual.
“Muitas mulheres deixam de procurar ajuda porque a sociedade estabelece que se trata de um quadro simples, facilmente resolvido com medidas complementares”, conta Rennó. O problema é que se não receber o tratamento adequado, a mulher pode sofrer com a piora dos sintomas após os 35 anos.
Por isso é crucial saber da existência desses casos bem graves que, além de serem incapacitantes, não desaparecem apenas com mudanças de hábitos, como manutenção de uma dieta equilibrada e prática de exercícios.
“Geralmente o tratamento da doença DDPM (TPM severa) é feito com medicações antidepressivas e ansiolíticas e também com terapia, para auxiliar no alívio dos sintomas”, finaliza Rosa Maria.
Em São Paulo conversamos com a Dra. Alessandra Rascoviski que afirmou que as mudanças homonais mudam completamente o comportamento da mulher.
“Mau humor, mudanças de peso, alterações na pele, variações no metabolismo… os hormônios assinam essas e muitas outras características que você sente no dia-a-dia e, nem sempre, consegue entender por que acontecem. Quantidades muito pequenas de hormônios podem desencadear respostas muito grandes no organismo. Em última instância, os hormônios controlam a função de órgãos inteiros.”
Veja no meu site como os hormônios afetam a vida da mulher: www.AlessandraRascovski.com.br/hormonios
Fontes: IG, UOL e SOGESP