A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inicia nesta semana estudos que poderão confirmar a tese de que a apneia do sono – caracterizada por paradas respiratórias durante a noite – pode estar relacionada com o aumento da pressão arterial. De acordo com a Agência Brasil, se os exames chegarem a esse resultado, será indicada a necessidade de incluir o tratamento da doença no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em entrevista à Agência, a médica Elizabeth Muxfeldt explica que a apneia estimula o sistema nervoso autônomo e a atuação dos hormônios, o que provoca o aumento da pressão arterial. De acordo com ela, pacientes com a doença têm maior risco de sofrer com arritmias graves e problemas coronarianos.
O uso da máquina de pressão positiva de vias aéreas superiores, a CPAP, é o tratamento ideal e mais eficiente contra a apneia, mas o preço mínimo do equipamento é de 3.000 reais e não é fornecido pela rede pública de saúde. Os pesquisadores acreditam, porém, que se confirmado que a doença agrava os quadros de hipertensão, o benefício poderá passar a ser gratuito. O laboratório onde serão feitos os exames custou 900.000 reais e foi custeado pela Financiadora de Projetos e Pesquisas (Finep) e pelo Ministério da Saúde.
Fonte: Veja.com