Com o avanço da idade, é comum que surjam várias doenças que afetam negativamente a qualidade de vida dos idosos. Segundo o Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros, aproximadamente sete em cada dez idosos sofrem de pelo menos uma doença crônica. As doenças crônicas não transmissíveis apresentam uma prevalência significativa entre a população idosa e são responsáveis por mais de 70% das mortes no país. A seguir, destacam-se as principais condições que afetam esse grupo.
Diabetes mellitus: Estudos conduzidos pelo Ministério da Saúde revelaram que 25,1% da população idosa apresentam esta patologia. Com o envelhecimento, ocorrem diversas alterações no organismo que podem afetar o processamento da insulina e aumentar o risco de desenvolvimento da diabetes tipo 2. Essa forma da doença é caracterizada pela resistência à insulina e pelo mau funcionamento das células beta no pâncreas, que são responsáveis pela produção do hormônio.
Obesidade: O excesso de peso é um fator de risco para o surgimento de várias doenças crônicas. Além disso, pode agravar outros problemas de saúde já existentes e reduzir a qualidade de vida destas pessoas. Existem várias razões pelas quais a obesidade pode se tornar mais comum entre os idosos, como as alterações metabólicas e hormonais provocadas pelo envelhecimento, por exemplo. Estima-se que 18,7% dos idosos estão obesos.
Hipertensão Arterial: A hipertensão arterial é altamente prevalente entre os idosos, atingindo cerca de 57,1% dessa população. O envelhecimento do sistema cardiovascular, alterações hormonais, ganho de peso e obesidade, além de um estilo de vida sedentário ou alimentação ruim, são algumas das principais razões pelas quais os idosos podem desenvolver essa condição.
Depressão: A depressão é uma condição de saúde mental que afeta os idosos. Embora não seja uma parte comum do envelhecimento, os idosos têm maior propensão a desenvolvê-la devido a fatores como mudanças na vida e experiências de perda, que podem desencadear sentimentos de tristeza, solidão e desesperança. Além disso, a falta de interação social também pode contribuir para o desenvolvimento da depressão nessa faixa etária.
Insuficiência cardíaca: Com o envelhecimento, o coração pode sofrer alterações estruturais e funcionais, incluindo perda de elasticidade e rigidez das paredes do coração, bem como redução da capacidade de contração. Essas mudanças tornam o coração mais suscetível ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca.
Tratamentos para as doenças mais comuns em idosos:
O tratamento a ser implementado vai depender da condição específica que afeta o idoso. É importante ressaltar que comorbidades como diabetes, hipertensão arterial e obesidade podem ser prevenidas. Para alcançar esse objetivo, é essencial adotar um estilo de vida mais saudável, incorporando uma rotina de alimentação equilibrada, atividades físicas regulares e evitando o sedentarismo. Não se deve subestimar a importância do acompanhamento médico à medida que a idade avança, pois ele é crucial para avaliar os riscos associados ao desenvolvimento não apenas dessas condições, mas também de outras enfermidades.
