“Isso aqui me fez sair da depressão”, conta expositora no Anime Friends

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Carlos do Amaral

Quatro dias foi o período em que o Anime Friends agitou toda a capital paulista. Muitas pessoas foram ao evento, assim como tantos outros expositores levaram seus produtos aos fãs. Os mesmos passavam de camisetas, mochilas, canecas, travesseiros, agasalhos e inúmeros mais.

Um setor foi dedicado para produtores que tinham peças menores e dentre eles uma placa chamava a atenção: “Peças exclusivas feitas à mão”, a vendedora de óculos escuros, traços pintados no rosto e cabelos curtos roxos se destacava em meio aos outros.

Cheguei ao seu estande e conversamos um pouco e ela topou a entrevista. “Desde pequena gostei de modelar e uma vez vi algumas pessoas fazerem biscuit e me deu vontade de fazer de novo. Comecei a fazer as minhas peças e hoje posso as comercializar”, contou Gabriele Maia.

As peças possuíam um grande cuidado e carinho aos detalhes e nas mãos habilidosas de Gabriele, o biscuit tomava forma. “Fazer essas peças é um trabalho e também terapia, estar empenhada nisso me faz relaxar. A aceitação do público é muito legal, pois todos eles são fofinhos e meigos, assim chamam a atenção deles”, conta a artista com um alegre sorriso.

Gabriele Maia trabalha com esse produto a seis meses, sua dedicação como artista, a dá oportunidades de receber encomendas de seus próprios produtos e agora também expositora no Anime Friends. “Faço peças de todos os tamanhos, em dias de muita inspiração, o número total passa de 20. Logico que conta também a forma dos pedidos dos clientes e o que idealizo na hora”, explica.

Assim como para todos, os momentos tristes fizeram parte da vida de Gabriele, e foi esse dom com as mãos que a reergueu. “A cada peça que faço, eu me sinto bem, pois vejo meu trabalho frente a um bom resultado final. Cada um deles é uma satisfação, os elogios dos outros também ajudam muito e me deixa feliz e grata”, diz a artesã.

Vencer a depressão é algo diário, apenas assim a pessoa conseguirá ver sua utilidade frente a sociedade. Trabalhos como esse motivam a pessoa a lutar e sem dúvida é melhor do que qualquer medicamento. A luta já é um analgésico nessa doença. “Isso aqui me fez sair da depressão, eu estava em um momento muito triste da minha vida e fazer isso me fez esquecer os problemas. Hoje me sinto muito melhor e pretendo fazer peças ainda maiores e melhores”, finaliza.

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