Inverno aumenta casos de infecções respiratórias

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Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, os meses mais propícios para os casos de gripe são, geralmente, de maio a outubro. Porém, esse período varia de acordo com a região. No Sul e Sudeste, que têm invernos mais rigorosos, os casos se concentram de junho a outubro.

De acordo com o otorrinolaringologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Carlos Meda não há estudos que comprovem que o frio causa a gripe ou resfriado, porém durante a estação, as temperaturas ficam mais baixas e o ar seco prejudicando as mucosas do aparelho respiratório. “O frio pode causar alergias e facilitar infecções”, destaca.

Segundo o pneumologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, João Adriano de Barros estas doenças podem alterar a imunidade do pulmão e facilitar o aparecimento da pneumonia. “Uma gripe não vira pneumonia, mas o vírus da gripe pode ser o causador da pneumonia viral”, explica.

A gripe também pode baixar a imunidade, facilitando a proliferação de uma bactéria, que pode iniciar uma pneumonia bacteriana. Entretanto, o frio e a gripe não são causas isoladas da pneumonia, somente se associados a outros fatores. “O frio intenso e a exposição a mudanças bruscas de temperatura podem causar alterações momentâneas da imunidade que facilitam o aparecimento de infecções. Além disso, as pessoas ficam aglomeradas em ambientes fechados e isso facilita a transmissão de germes causadores de infecções”, esclarece o especialista.

Segundo o Dr. Maeda as bactérias e o vírus também podem causar dor de garganta. “A dor aguda são de origem viral ou bacteriana, e as crônicas são de origem alérgica, infecciosa, doença do refluxo gastroesofágico e medicamentosa”, explica. Dificuldade na deglutição, mal estar, febre, catarro, tosse são os principais sintomas.

Já os sintomas da pneumonia são febre, com ou sem calafrios, sudorese, tosse, que pode ser seca ou com produção de escarro com pus, dor no peito ou nas costas, que piora quando a pessoa respira, falta de ar e fraqueza. “Outros sintomas menos comuns são dores pelo corpo, escarro com sangue e aparecimento de bronquite”, diz o especialista. A pneumonia evolui em três ou sete dias. O diagnóstico é feito na consulta clínica e uma radiografia de tórax para confirmar a doença. “Outro exame interessante é a realização de um hemograma que apresentará alterações que podem indicar um processo de infecção aguda”.

Tratamento

Normalmente, para tratar a pneumonia o paciente precisa tomar antibióticos por cerca de sete dias. Atualmente, há inúmeros antibióticos desenvolvidos para tratar pneumonias. Podem ser utilizados ainda antitérmicos, anti-inflamatórios e inalações associados ao antibiótico, conta o pneumologista. Repouso e alimentação adequada também são fundamentais para a cura da doença. Em alguns casos, necessário o internamento do paciente, especialmente se ele tiver fatores como: idade avançada, doenças crônicas, insuficiência respiratória ou outra alteração de função orgânica.

Para tratar a dor de garganta – quando o diagnostico resultar em faringite aguda viral é indicado o uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Nos casos de amigdalites a indicação de cirurgia dependerá de cada caso. “As indicações mais frequentes são amigdalites recorrentes, obstrução de via aérea no sono, como roncos e apneia do sono e, abscessos de amígdala”, destaca o Dr. Maeda.
Portal Bem Paraná

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