Uma nova metodologia está mudando para melhor a área da saúde. É a telemedicina, que possibilita aos médicos a troca de informações a distância, seja para debater a melhor escolha de tratamento para um paciente ou investir na capacitação profissional. É um avanço que está rompendo barreiras e levando serviços médicos a qualquer lugar, não apenas para hospitais e consultórios.
As definições para telemedicina são as mais diversas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é: “a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde nos casos em que a distância é um fator crítico”.
Para a American Telemedicine Association (ATA) é “o uso da informação médica, trocada em sites ou outros meios eletrônicos de comunicação, para saúde e educação do paciente e de hospitais com o propósito de melhorar o cuidado com os doentes”.
“A telemedicina não vai substituir uma internação ou consulta ao médico. É indicada como instrumento complementar para as práticas médicas e, graças a toda a tecnologia envolvida, é um impulsionador para o futuro da medicina”, explica Sandra Oyafuso Kina, Coordenadora do Centro de Informação e Comunicação (CENIC) do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE).
A telemedicina não vai substituir uma internação ou consulta ao médico.
A telemedicina passou a ser utilizada na década de 70, nos Estados Unidos. O intuito, na época, era melhorar o atendimento médico nas áreas rurais. Hoje ela tem diversas aplicações. No Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), as duas frentes utilizadas são:
Teleassistência
O foco é o paciente. Pode ser utilizada como segunda opinião médica ou ainda assistência à distância, em que médico ou enfermeira fazem a monitoração do paciente diretamente do seu domicílio. São utilizados equipamentos que possibilitam a leitura de vários parâmetros clínicos. As informações coletadas são enviadas pela internet para uma base de dados, que é acessada pelos profissionais de saúde.
Teleducação
O foco é o profissional da saúde, com o objetivo de capacitar e atualizar. Essa metodologia pode ser utilizada para reciclagem ou ainda capacitação de profissionais que estão distantes dos grandes centros. Nesse campo incluem-se práticas como aulas, palestras, videoconferências e e-learning.
Telemedicina no Einstein
Utilizada desde 1998, a telemedicina no HIAE conta com alguns trabalhos importantes como a primeira cirurgia brasileira com transmissão de dados para outros Estados, realizada em 1999. “Em 2006 começamos a trabalhar mais forte nessa área e os resultados têm sido positivos”, explica Sandra.
Em 2006, foram realizados 60 eventos utilizando telemedicina, do quais 21 interligaram o Einstein a renomadas entidades estrangeiras para levantamento de segunda opinião médica, videoconferências, treinamento e reciclagem.
“Outra aplicação bastante utilizada é a rede de relacionamentos sister facility, que proporciona intercâmbio de informações entre hospitais”, afirma Sandra.
Publicada em abril/2007
Atualizada em novembro/2009
Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein.