Hemangiomas
São denominados hemangiomas ou angiomas, alterações vasculares na pele que desencadeiam manchas ou tumores e podem ser observados desde criança, após o nascimento ou algum tempo depois. Surgem principalmente no rosto e pescoço com pequenas lesões avermelhadas e, com o passar do tempo podem se tornar maiores e adquirir uma cor mais escura.
Em casos isolados desaparecem com o tempo, porém na maioria são definitivas e provocam deformidades. O hemangioma causa desconforto estético naqueles que o possuem e dificilmente se transformam em tumores malignos, mas não devem ser ignorados, é importante que se faça uma investigação e análise para evitar maiores problemas no futuro.
Durante muito tempo os médicos adotaram uma conduta conservadora com relação aos tratamentos para as manchas causadas pelo hemangioma, por acreditarem que em alguns anos as lesões desapareceriam, mas após anos de pesquisa descobriram que isso acontecia em apenas metade dos pacientes, e na grande maioria da outra metade as lesões permaneciam ou agravavam os defeitos estéticos.
Há diversos tipos de hemangiomas, entre eles estão: Hemangiomas Planos, Hemangiomas Fragiformes e Tuberosos e Hemangiomas Cavernosos.
De que maneira podemos identificar e classificar os Hemangiomas?
Os hemangiomas podem ser manchas na cor vinho, bem delimitadas na pele ou mucosas, presentes desde o nascimento e não regridem.
Essas manchas podem ser mínimas ou extensas, quando extensas podem causar hipertrofia e nódulos em sua superfície. Estes são os Hemangiomas Planos, que não devem ser confundidos com manchas rosadas em recém-nascidos, que desaparecem até o primeiro ano de vida.
Há hemangiomas que surgem no primeiro mês de vida, aumentando rapidamente de tamanho (volume e extensão), quando a pele está comprometida e tem sua aparência parecida com a textura de um morango, isto pode ocorrer devido à proliferação celular. Estes são os Hemangiomas Fragiformes e surgem na maioria das vezes próxima à nuca.
Os Hemangiomas Tuberosos surgem de vários pontos e podem atingir grande área da pele, podendo ser de alto risco à saúde do paciente. Essas lesões podem obstruir as vias aéreas, de visão ou digestivas por serem massas deformantes de difícil tratamento e cicatrização. Devem ser tratados com medicamento para evitar o seu crescimento acelerado e desenfreado.
Há ainda os Hemangiomas Cavernosos que são visivelmente arroxeados, e comprometem não apenas a pele, mas também estruturas mais profundas, como o subcutâneo, músculos e ossos. São más formações presentes desde o nascimento, e com o crescimento da criança elas aumentam de tamanho.
Como podem ser tratados os Hemangiomas?
Para o tratamento das lesões menores a eletrocoagulação é uma boa opção, assim como a excisão e sutura das lesões.
Os hemangiomas superficiais do tipo “morango”, normalmente não são tratados, pois o tratamento pode causar um defeito estético. Geralmente sua involução deixa a pele com a aparência normal e o laser pode ser utilizado em alguns casos.
A criocirurgia também pode ser utilizada, desde que o médico esteja atento ao sangramento, que pode ocorrer de forma intensa dependendo do hemangioma.
Para tratar hemangiomas maiores podem ser necessários retalhos ou enxertos, os hemangiomas que afetam a visão podem ser tratados com injeções de esteróides.
Atualmente, contamos para o auxílio na sua terapêutica com equipamentos a laser, cujo alvo é a hemoglobina, ou seja, a célula vermelha. Após um número determinado de sessões, estes equipamentos são capazes de diminuir gradativamente as lesões de forma ambulatorial e menos agressiva.
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Como diagnosticar os Hemangiomas?
Os hemangiomas podem ser facilmente diagnosticados através de exames físicos se eles forem pequenos, já os hemangiomas maiores e mais profundos necessitam de uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética para assegurar que não estão relacionados a doenças ou síndromes raras.
Todos os tipos de hemangiomas devem ser analisados por um médico dermatologista, para serem avaliados quanto à sua textura, forma, coloração e possibilidade de involução. Na maioria dos casos eles desaparecem totalmente até o décimo ano de vida, porém há casos em que devem ser extraídos ou tratados para evitar o surgimento de complicações. Em sua minoria são resultado de alguma síndrome rara ou doença.
Fonte: Clínica D’ Aurea Machado.