A Gastrectomia Vertical é um dos 4 tipos de cirurgia para redução de estômago.
Os outros 03 tipos de cirurgia são: Cirurgia Bariátrica com a Banda Gástrica, Balão Intragástrico e Cirurgia Bypass.
Conhecida também como “Sleeve Gastrectomy”. Este procedimento é diferente do clássico mais realizado no Brasil (Bypass Gástrico), pois não se mexe no intestino e na sua capacidade de absorção do mesmo. Assim como os outros procedimentos cirúrgicos para obesidade é também realizada por videolaparoscopia. Nessa técnica, cortamos o estômago verticalmente de forma a transformá-lo em um tubo fino e estreito.
Histórico
O procedimento nasceu em 2002 , quando o cirurgião canadense Michel Gagner ao se deparar com pacientes muito obesos , de alto risco de morte na cirurgia por doenças associadas, propôs que a realizassem em duas etapas: No primeiro ano, só reduzir o estômago (Gastrectomia Vertical ) sem mexer no intestino. E no segundo ano, completar a cirurgia, incluindo agora o intestino no procedimento. No entanto, quando chegou o 2o ano, vários pacientes não quiseram realizar a outra etapa por estarem satisfeitos com o resultado inicial. Dessa forma, a Gastrectomia Vertical surgiu como um procedimento isolado para o tratamento definitivo da Obesidade Mórbida.
Procedimento
Na Gastrectomia Vertical é realizada uma redução menos acentuada do estômago (cerca de 120 ml) , em contrapartida ao Bypass (30 – 40 ml), transformando-o em um tubo bastante estreito, e não se mexe em intestino ou absorção.
Entre as vantagens, destacam-se a redução de uma Incretina (hormônio produzido pelo estômago), chamado Grelina, que atua reduzindo o apetite, não causa alteração na absorção de ferro, cálcio, vitaminas, e portanto, a reposição, exames e retornos ao consultório são menos frequentes e os riscos de se desenvolver anemia, osteoporose e outras carências vitamínicas é menor. Também, ocorrem menos episódios de hipoglicemia e mal-estar ao comer algum doce (dumping- colocar link para glossário) o que agrada muito a pacientes e médicos.

A nova técnica (gastrectomia vertical)
Cerca de 80% do estômago é retirado do organismo. Nessa parte retirada era produzido o hormônio grelina (que estimula o apetite)
A parte do estômago que restou é grampeada e transformada em um tubo contínuo que vai do esôfago até o duodeno, onde os alimentos são absorvidos. Não há mudanças no processo digestivo
INDICAÇÕES:
Pessoas com obesidade de grau 1 (com índice de massa corpórea entre 30 e 35)
Pacientes com risco cirúrgico elevado por causa de doenças associadas
Mudanças cirúrgicas
Pacientes que preferem se submeter a esse procedimento dentre os outros disponíveis
DESVANTAGEM:
Os médicos temem que, em dez anos, os pacientes voltem a ganhar peso porque o estômago tende a dilatar.
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Indicações e Resultados
Por se tratar de procedimento relativamente novo, os resultados a longo prazo ainda não são comprovados. A perda de peso chega a ser superior a 60% do excesso, o que é bom. Por se tratar de uma cirurgia menos agressiva e sem alterar a absorção, é de se supor que o risco de voltar a engordar seja maior. Daí a importância do paciente colaborar em reduzir a ingestão de alimentos calóricos. Outro fator é que os resultados quanto a correção de Diabetes Tipo 2 e Doença do Refluxo parecem ser inferiores.
Contudo, é um procedimento tentador, principalmente em pacientes no limite da Obesidade Mórbida, em adolescentes ou muito idosos, com doenças associadas, pois se o resultado for bom o paciente recebeu um tratamento menos agressivo e se beneficiou deste. E caso não, o paciente poderá realizar o segundo tempo da cirurgia, conforme sugerido o criador da técnica.
O tempo de realização deste procedimento é em geral de 50 minutos.