Redução de Estômago

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A cirurgia de Redução de Estômago, também chamada de cirurgia bariátrica, é uma opção para os pacientes com obesidade mórbida que não conseguiram chegar ao peso ideal através dos métodos tradicionais.

Ao decidir realizar a Redução de Estômago é primordial procurar um médico habilitado, com experiência e, se possível, referências. Dessa forma evita-se o contato com profissionais que praticam técnicas reprovadas pelo CFM – Conselho Federal de Medicina. Para consultar quais são os cirurgiões habilitados, basta acessar o site da SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

O processo de emagrecimento mais ágil acontece no primeiro e no segundo ano após a realização da cirurgia. Porém, a velocidade vai diminuindo até chegar à estagnação. Para manter o peso ideal se faz extremamente necessária a reeducação alimentar e física, se possível acompanhada de médicos, nutricionistas, preparadores físicos e de outros profissionais que usem a multidisciplinaridade em prol do bem-estar do paciente.

Tipos de Redução de Estômago

Banda Gástrica

Trata-se de um dispositivo de silicone colocado no início do estômago. O dispositivo fica ligado a um reservatório onde é possível injetar água destilada para apertar o estômago ou esvaziar para aliviar a restrição. O método é reversível, pouco invasivo, porém, proporciona riscos de rejeição da prótese ou infecção e a perda pode ser insuficiente. O método é inadequado para pacientes que tem compulsão por doces, portadores de esofagite de refluxo e hérnia hiatal volumosa.

Gastrectomia Vertical

A Gastrectomia Vertical remove de 70 a 85% do estômago do paciente, transformando-o em um tubo estreito, reduzindo o hormônio grelina – associado à fome, sem comprometer o organismo. Por envolver procedimentos complexos, a Gastrectomia está relacionada a um grande risco de complicações, cerca de 15% dos procedimentos.

Bypass Gástrico

O Bypass Gástrico é usado para diminuir para 10% a capacidade do estômago do paciente, restringindo a quantidade de comida ingerida e desviando esses alimentos para o duodeno – que é a primeira fase do intestino – até o jejuno – fase intermediária do órgão. Os riscos da metodologia podem incluir fístulas, embolia pulmonar e infecções, porém, por ser extremamente eficiente, o Bypass corresponde a 75% dos procedimentos.

Derivação Bileopancreática

No procedimento 85% do estômago é retirado, com desvio intestinal, que faz com que o alimento venha por um caminho e os sucos digestivos venham por outro, se encontrando apenas a 100 cm do fim do intestino delgado. Isso faz com que a absorção de calorias e nutrientes seja inibida. A técnica pode levar à desnutrição, diarreia, flatulência e deficiência de nutrientes; por isso corresponde a apenas 5% dos procedimentos.

Perguntas e respostas

– A cirurgia é reversível?

Apenas a Gastrectomia Vertical e o Duodenal Switch não são reversíveis. As demais técnicas podem ser revertidas, mas a reversão oferece mais riscos do que a cirurgia em si e realmente só é feita em casos extremos, por exemplo, em pacientes com aids ou câncer.

– Vou poder comer como antes, mas sem engordar?

Não. Após a cirurgia é necessária a reeducação alimentar e física para que os resultados sejam efetivos.

– Quais as chances de ganho de peso posterior? Em quanto tempo isso é observado?

O processo é considerado estabilizado após dois anos. A partir daí é possível haver algum ganho de peso, caso o paciente não se esforce para mantê-lo. Hoje, o principal fator que leva ao ganho de peso é a não adesão ao tratamento multidisciplinar com outros profissionais para que o paciente aprenda a viver de maneira mais saudável.

– Mulheres que passam pela cirurgia de estômago podem engravidar?

Sim, porém é recomendado aguardar 18 meses após o procedimento cirúrgico, para que o organismo esteja apto. Além disso, durante a gestação é importante manter um acompanhamento nutricional junto ao pré-natal.

– O que é o dumping?

Todo paciente operado pode vir a ter a Síndrome de Dumping, causada pelo consumo de alimentos doces, e gordurosos. Após o consumo desses alimentos o paciente pode sofrer crises de taquicardia, queda de pressão arterial, sudorese, tontura e diarreia.

– Queda de cabelo intensa e unhas quebradiças são normais após a cirurgia?

Esses sintomas são comuns durante o processo de emagrecimento, mas não devem persistir por mais de quatro meses. Por isso é necessário o acompanhamento de nutricionistas, para rever a alimentação do paciente e desenvolver uma dieta rica em vitaminas e proteínas.

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