Coração artificial

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Os pacientes com problemas cardíacos graves e que necessitam de transplante têm uma nova esperança.

No primeiro trimestre de 2007 chegou ao Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) uma das mais avançadas tecnologias em corações artificiais: o Berlin Heart Excor.

No mundo, mais de 150.000 portadores de cardiopatias terminais aguardam na fila e 60% desses não resistem até encontrar um doador. A tecnologia Excor foi implantada mais de 1.200 vezes e garante qualidade de vida aos pacientes que esperam por um transplante.

Também pode ser utilizada como ponte para a recuperação. “Alguns casos podem resultar em recuperação total para infarto agudo do miocárdio, cirurgias cardíacas e miocardites” conta dra. Marcia Makdisse, gerente médica do Programa de Cardiologia do HIAE.

Como funciona

O Berlin Heart Excor é chamado pelos médicos de ‘sistema paracorpóreo de assistência ventricular implantável’, ou seja, um conjunto de cânulas e bombas que transportam o sangue, simulando o funcionamento do coração. As cânulas são conectadas em um ou dois ventrículos do coração e a bomba fica do lado de fora.

Uma unidade de controle permanece conectada ao paciente, por meio das bombas, o que garante o funcionamento do sistema. “Esse é um dos sistemas mais seguros e tem o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), assim podem entrar sem problemas no país”, explica a dra. Marcia.

É o sistema mais indicado para crianças: fácil de ser implantado e disponível em diversos tamanhos

Vantagens

O diferencial do Excor é sua vasta possibilidade de utilização. Permite assistência biventricular, ou seja, pode ser aplicado no ventrículo direito, no esquerdo ou nos dois ao mesmo tempo. Além disso, algumas características fazem dele a última palavra em tecnologia cardíaca artificial.

Uma é a facilidade técnica de implante: como os pacientes normalmente estão bastante debilitados, o sistema Excor se mostra uma solução pouco agressiva. A outra é sua adaptação em qualquer faixa etária. “É o sistema mais indicado para crianças: fácil de ser implantado e disponível em diversos tamanhos”, afirma a cardiologista.

As principais aplicações do sistema são:
Recuperação: nos casos de falência cardíaca ventricular, em que o paciente precisa do sistema de forma temporária.
Ponte para transplante: nos casos de doença crônica, quando o paciente precisa aguardar um doador.
Implante definitivo: para os pacientes que não podem fazer transplantes, o sistema serve como alternativa para prolongar a vida. Há pacientes que resistiram por cinco anos com o Excor.

Pioneiro no Brasil

O primeiro implante realizado no HIAE aconteceu em abril de 2006, mas com um sistema chamado Berlin Heart Incor – que, diferentemente do sistema Excor, é implantado no tórax do paciente. “Ele também permite a assistência circulatória, mas não oferece as mesmas vantagens do Excor como utilização nos dois ventrículos e adaptação às crianças”, explica o dr. João Nelson Branco, cirurgião cardíaco do HIAE – responsável pelo primeiro implante e coordenador do setor de transplantes cardíacos na equipe do professor Enio Buffolo.

O HIAE é o primeiro hospital no Brasil a ter disponível a estrutura para implante de sistemas de assistência ventricular.

“E não basta dispor do equipamento, é preciso ter um centro de transplantes, como o Einstein tem, para garantir um atendimento de alta qualidade”, afirma o cirurgião.

Publicada em dezembro/2006

Atualizada em novembro/2009

 

Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein.

Colaboração
KipCor – Cirurgiões Cardiovasculares

www.kipcor.com.br

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